terça-feira, 18 de junho de 2013

DROGAS NA ADOLESCÊNCIA

4 - Efeitos mais frequentes As alterações provocadas por essas substâncias variam de acordo com as características da pessoa que as usa, o tipo de droga utilizada, a quantidade, o efeito esperado e as circunstâncias em que é consumida.

O uso de drogas conduz a prejuízos no desenvolvimento cognitivo (aquisição de conhecimentos), na capacidade de julgamento e crítica, no humor e no relacionamento interpessoal do adolescente. O prejuízo na capacidade de processar novas informações, na capacidade de concentração e memorização prejudicam o desempenho escolar e terá consequências duradouras, persistindo na vida adulta. Ocorre um evidente prejuízo no processo de desenvolvimento do adolescente, atingindo todas as suas áreas (física, emocional e social).


 5 - Efeitos no organismo 
A maioria das drogas age no organismo humano com uma acção similar à adrenalina, ou seja, dilata as pupilas e melhora a percepção do ambiente através da visão, amplia a captação de oxigénio, diminui a percepção da dor, aumenta o ritmo cardíaco, dá vigor físico e estimula a circulação arterial; as pessoas podem ainda apresentar uma sensação de euforia, ou até de omnipotência, loquacidade e aumento do desejo sexual. Age sobre as emoções proporcionando sensação de bem estar, descontracção e delírios. São efeitos que proporcionam êxtase e felicidade ao jovem de forma rápida, a qualquer hora, muitas vezes com baixo custo, mas com efeitos a nível físico, moral e social muito elevados, efeitos que a sua percepção pode não alcançar naquele momento.
6 - Adolescentes de risco e factores associados 
- Jovens com transtornos psiquiátricos (como depressão).
- Baixa auto-estima. 
- Filhos de pessoas que usam drogas (activos ou não).
 - Amigos de utilizadores de drogas. - Disfunções familiares.
 - Uso precoce de álcool.
 - Jovens com baixo sentido de responsabilidade. 
- Adolescentes que sentem atracção pelo risco e de vivenciar sensações muito intensas. 
- Jovens com dificuldades em projectar-se no futuro, acham que não terão uma vida feliz ou produtiva.
 - Antecedentes de agressividade, hábito de mentir, furtar ou praticar actos anti-sociais.
 - Jovens impulsivos e com baixa tolerância à frustração. 
- Jovens institucionalizados, de rua ou envolvidos em actos ilegais.
Actualmente, outros diagnósticos psiquiátricos estão associados ao abuso ou dependência de álcool ou outras drogas na maioria dos adolescentes (cerca de 90%), sendo os mais frequentes os transtornos do humor, principalmente depressão, as perturbações do comportamento, ansiedade, esquizofrenia, bulimia nervosa e transtorno de deficit de atenção com hiperactividade.
 7 - Prevenção do uso de drogas
   O consumo de álcool, tabaco e de drogas ilícitas tem um impacto significativo na qualidade de vida dos adolescentes, envolvendo a família e o seu contexto social, com consequências que frequentemente persistem até à vida adulta.
 É imprescindível então entender o mecanismo que leva ao seu consumo, buscar alternativas que promovam a mudança de comportamentos e estruturar grupos (técnicos de saúde) aptos a prestarem ajuda no sentido de esclarecer os jovens sobres os riscos do uso/abuso de drogas. Estes grupos devem actuar quer na comunidade quer nas escolas, em idades muito precoces acompanhando os jovens até à adolescência.
 É necessário diferenciarmos o uso experimental ou esporádico do abusivo ou dependente, pois eles exigirão providências distintas, sem deixar de estarmos atentos aos sinais de alerta e factores de risco.
 As campanhas de sensibilização/informação ainda são importantes e devem buscar atingir os jovens de forma objectiva. 
Os estabelecimentos de ensino, têm também aqui um papel fundamental, já que devem desenvolver métodos que identifiquem jovens que já usam drogas e encaminhá-los para programas específicos na própria escola ou na comunidade.

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